Amar...

Dizem que o amor, por vezes, é um jogo mas eu continuo sem saber as regras...
Não sei jogar, não sei fingir, não sei manipular em proveito próprio...
No amor sou um coração aberto, exposto e talvez por isso mais vulnerável...
Faço da confiança, da sinceridade, da fidelidade e do carinho, a minha forma de ser e de amar...
Perco tempo em palavras e grandes declarações, mas penso que os tempos actuais têm vindo a banalizar o "amo-te", com tantas repetições mecânicas e não sentidas...
Palavras levam-nas o vento e por isso deveria prefir os actos, são a minha maneira de demonstrar o que sinto...
Quando amo dou o melhor de mim, ultrapasso os meus limites, sou capaz de subir montanhas e cruzar os mares...
Mas não imponho a minha presença, não controlo, não prendo.
Dou sempre a liberdade de ficar ou voar...
Guardo a insegurança, os medos e a pontinha de ciúme para mim e tento trazer um pouco de luz e bem-estar ? vida do ser amado.
No entanto, por vezes sinto-me perdido e desiludido com uma sociedade que já não sabe amar...
Prevalece o egocentrismo e a vontade individual de satisfazer vaidades e desejos, ficando os verdadeiros sentimentos para segundo plano...
Já ninguém tem tempo para amar, para investir numa relação.
Já ninguém se empenha em ultrapassar osbtáculos e os casais separam-se ? 1ª contrariedade.
Ou pelo contrário deixam-se ficar no comodismo de uma relação rotineira, só por medo da solidão ou por responder a interesses materiais.
Não acredito nem espero a princesa encantada, acredito que o amor para sempre é algo raro.
No entanto, sinto-me deslocado nestes tempos em que prevalecem a relação passageira ou as uniões interesseiras.
Eu apenas sei amar, de forma autêntica, sem estratégias ou interesses egoístas, aceitando quem amo com os seus defeitos e pondo em 1º lugar a felicidade e a realização do "nós" e não do "eu"...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicações relaccionadas