Não sou do género nem adepto de ver o mundo como se fosse a primeira vez e muito menos querer ver o mundo como a última vez. Não caio na conversa fiada de estreia e de despedida. Despedir não é terminar - é procurar iniciar de uma maneira diferente.
Sou homem do durante, do entretanto e do decorrer.
Não tenho nada contra quem pensa de forma diferente, mas acho um pouco egocêntrico querer inaugurar ou fechar o mundo.
Quando se deseja uma mulher, é preciso o atrevimento, a vontade sem pudor, o desejo diabólico, a mania, a paixão. Sem se conter, nem se reprimir. A ânsia, a vontade, experimentar e a obsessão são permitidas. Mas tudo será grosseiro se não for acompanhado de pureza, sedução e paixão.
Pureza no sentido de autenticidade. Não fingir, não disfarçar, não partilhar o que se está a sentir e o que não se está a sentir.
Já ouvi diversas vezes que sexo não é seguir a cabeça e deixar acontecer os eventos . Sexo é não pensar.
Não concordo, sexo não é inconsequência, mas sim consequência da gentileza, da sedução, da emoção de sensações, do desejo, de querer, de ouvir o sussurro, de ser educado com o sussurro e permanecer sussurrando. Perder o pudor, não perder o respeito. Perder a timidez, não perder o cuidado.
Sexo é pensar, claro que é! É fazer o corpo entender e compreender a pronúncia mais do que compreender a palavra. Como se não houvesse outra oportunidade de ser feliz. Não é a derradeira oportunidade, mas sim a oportunidade.
Uma mulher está sempre no inicio do seu corpo e da sua sexualidade. Todas os dias, noites é começar. É sempre outro homem ainda que seja o mesmo. Não se partilha prazer e paixão com uma mulher pela repetição. O seu prazer não está a aprender a ler. O seu prazer escreve - e nem sempre num idioma conhecido.
A mulher pode ficar excitada com uma frase. Não é sempre com o contacto fisco, com as mãos nas coxas ou nos seios. Ela pode ficar excitada com uma música ou com uma expressão do nosso rosto. Não é a colocar as mãos no seu decote. Uma Mulher é hesitação, é véspera, é o fascino do ouvido.
Perceber que as suas costas evoluem nas mãos como seda. Reparar que a boca incha e fica doce com beijos, que o pescoço não tem uma linha divisória com os seios, que a cintura é uma escada em espiral.
É comum o homem, ao encontrar sua satisfação, recorrer a uma fórmula. Depois de sucesso na intimidade, acredita que todas as mulher terão uma cartografia igual, uma vibração igual, uma sensibilidade igual. Se o acto de mordiscar os mamilos deu certo com uma, lá vai ele tentar de novo no futuro. Se experimentou uma fantasia, repete-a. Desta forma (rotineira) o homem não vê a mulher à sua frente, vê as mulheres e escurece a nudez no quarto.
Amar não é uma regra, e sim onde a regra se quebra.
Não se "come" uma mulher, ela é que se devora.
Sou homem do durante, do entretanto e do decorrer.
Não tenho nada contra quem pensa de forma diferente, mas acho um pouco egocêntrico querer inaugurar ou fechar o mundo.
Quando se deseja uma mulher, é preciso o atrevimento, a vontade sem pudor, o desejo diabólico, a mania, a paixão. Sem se conter, nem se reprimir. A ânsia, a vontade, experimentar e a obsessão são permitidas. Mas tudo será grosseiro se não for acompanhado de pureza, sedução e paixão.
Pureza no sentido de autenticidade. Não fingir, não disfarçar, não partilhar o que se está a sentir e o que não se está a sentir.
Já ouvi diversas vezes que sexo não é seguir a cabeça e deixar acontecer os eventos . Sexo é não pensar.
Não concordo, sexo não é inconsequência, mas sim consequência da gentileza, da sedução, da emoção de sensações, do desejo, de querer, de ouvir o sussurro, de ser educado com o sussurro e permanecer sussurrando. Perder o pudor, não perder o respeito. Perder a timidez, não perder o cuidado.
Sexo é pensar, claro que é! É fazer o corpo entender e compreender a pronúncia mais do que compreender a palavra. Como se não houvesse outra oportunidade de ser feliz. Não é a derradeira oportunidade, mas sim a oportunidade.
Uma mulher está sempre no inicio do seu corpo e da sua sexualidade. Todas os dias, noites é começar. É sempre outro homem ainda que seja o mesmo. Não se partilha prazer e paixão com uma mulher pela repetição. O seu prazer não está a aprender a ler. O seu prazer escreve - e nem sempre num idioma conhecido.
A mulher pode ficar excitada com uma frase. Não é sempre com o contacto fisco, com as mãos nas coxas ou nos seios. Ela pode ficar excitada com uma música ou com uma expressão do nosso rosto. Não é a colocar as mãos no seu decote. Uma Mulher é hesitação, é véspera, é o fascino do ouvido.
Perceber que as suas costas evoluem nas mãos como seda. Reparar que a boca incha e fica doce com beijos, que o pescoço não tem uma linha divisória com os seios, que a cintura é uma escada em espiral.
É comum o homem, ao encontrar sua satisfação, recorrer a uma fórmula. Depois de sucesso na intimidade, acredita que todas as mulher terão uma cartografia igual, uma vibração igual, uma sensibilidade igual. Se o acto de mordiscar os mamilos deu certo com uma, lá vai ele tentar de novo no futuro. Se experimentou uma fantasia, repete-a. Desta forma (rotineira) o homem não vê a mulher à sua frente, vê as mulheres e escurece a nudez no quarto.
Amar não é uma regra, e sim onde a regra se quebra.
Não se "come" uma mulher, ela é que se devora.
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