A Dura Realidade...

Hoje estou aqui sozinho
Enquanto a noite cai fresca e confortante
E me aconchega com o seu vazio
Estou parado, apático
Entre pensamentos que me invadem
Ideias vindas do nada que me deixam solitário, fascinado com o infinito
Assim perdido entre a escuridão que cai
Torno-me sábio nesse momento, uno com o universo
Enquanto as trevas me acariciam
A minha mente voa
Os meus olhos brilham
E esboço um sorriso
Enquanto a noite cai…
Hoje não me apetece pintar a vida de poesia.
Não encontro qualquer harmonia no que me rodeia e até a melancolia, fiel companheira de horas solitárias, esgotou a sua fonte de inspiração.
Aquilo a que chamam romantismo, amor e coisas similares, já me mete nojo!
Sim! Já sei que me vão condenar. Apontar o dedo e talvez até excluir-me. Pouco me importa! Sinceramente até agradeço! É sinal que não sou um espectro que passa despercebido pela sociedade, cheia de falsa moral e hipocrisia em cada esquina.
Hoje até sou capaz de amar este mundo, no topo desta arrogância que subitamente me visitou. No fundo até compreendo estas estranhas leis, que vangloriam a verdade e a justiça! São uma mentira, inventada para disfarçar actos pútrido de gente “perfeita”…
Pois é, cá estou eu a julgar! Porque será?
Sim, já me lembrei. Também eu faço parte desta loucura.
Amem-me ou odeiem-me! Mas hoje não esperem de mim actos fingidos, palavras doces e muito menos, poesia no olhar!
Sem nada a dizer.
Tudo se resume a esta frase quando o cansaço se apodera da minha vontade.
Silêncio de palavras, de letras, de acções e sentimentos. Um olhar mudo. Sendo os meus desejos uma taça cheia de vazio. Talvez se encontre uma gota de esperança, mas, perdida algures no esquecimento.
Uma imensa apatia. É aquilo que hoje tenho para dar.

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