"O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que sofrem, muito curto para os que se alegram. Mas para os que amam, o tempo é eterno". (Henry Van Dyke)
Ninguém é de ninguém...
Quem é capaz de levantar esta bandeira?
Há quem se aposse do outro a quem diz amar do mesmo modo como se sente dono da camisa ou da bolsa que acabou de comprar. Para alguns, o namoro ou o casamento, a conquista de um amo ou a compra de um objecto resultam no mesmo direito de posse.
Nos casos mais graves, o desejo basta para considerar que o objecto já está ganho. Porém, nem sempre o objecto de tão caloroso desejo sequer sabe que é mirado. E nem sempre corresponde, nem sempre imagina o peso das amarras que se lançaram sobre ele. E, se souber, pode querer fugir.
O/a ciumento/a reclama a posse de alguém como quem exige direitos de consumidor. Quem tem ciúmes sente que seus "direitos”, mesmo que sejam só fantasia, são prejudicados. "Paguei, quero o que me pertence ou o meu dinheiro de volta”.
Mas ao tratar-se de amor, ou de qualquer laço afectivo, sabemos que todo investimento é a fundo perdido.
O ciumento é um avarento que não suporta esse logro que a vida prega em qualquer um que sinta amor, dia após dia. Garantia é algo que está fora do mercado das trocas amorosas. E é muito difícil julgar se há algum ladrão do amor alheio. O ciumento é o único que tem certeza de que foi roubado. Ninguém pode dizer quem ou o que é o culpado de um amor que se esvai. O próprio ciúme é, muitas vezes, a causa do fim infeliz de muitas relações.
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