Para quê ter medo de expressar emoções, sentimentos, frustrações?
Para quê ter medo de dizer o que se sente, quando se sente?
Para quê guardar aquilo que dói, que magoa?
Para quê ter medo das palavras?
Para quê ter medo das reacções dos outros?
Às vezes pensamos que esquecer é a melhor solução.
Às vezes pensamos que, guardando os pensamentos para nós próprios, os ultrapassamos.
Às vezes, simplesmente, pensamos demais. Achamos que ninguém sabe o que sentimos, quando, na realidade, todos o percebem. Achamos que somos os únicos numa situação assim, quando, na realidade, já todos passaram pelo mesmo.
Não era mais fácil deixarmos-nos levar?
Não era mais fácil deixar o coração guiar-nos, em vez de nos preocuparmos com a razão, também ela tantas vezes irracional? Era tão mais fácil viver apenas... Dia após dia, palavra atrás de palavra, sorriso atrás de sorriso, olhar atrás de olhar. Era tão mais fácil conseguir expressar o que sentimos, sem medo de ouvir um não, sem medo das palavras dos outros, dos olhares, dos risos.
Era tão mais fácil acordar e pensar que tudo estava bem, que tudo sempre fora assim, que os arrependimentos não fazem sentido.
Era tão mais fácil... Para quê ter medo do depois?
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