Todos nascemos com muitas pretensões de prazer e felicidade, e termos sempre a esperança de as alcançar, até ao dia em que o destino nos demonstra que nada é nosso, mas sim dele, pois este tem um direito indiscutível, não só sobre o que possuímos e alcançamos, mas também sobre o nosso corpo.
No decorrer da nossa vida vamos aprendendo que a felicidade e o prazer não passam de uma aparência, mas o sofrimento e a dor são reais e manifestam-se por si só, não necessitam da ilusão ou da espera.
Se o sofrimento e a dor aparecem de uma forma óbvia, paramos imediatamente de procurar a felicidade e o prazer e começamos apenas a preocuparmos-nos em escapar à dor e ao sofrimento.
Admitimos que aquilo que o mundo nos pode oferecer de melhor é um presente tolerável, tranquilo e sem dor.
Se isto nos for dado, sabemos tirar proveito e temos atenção e cuidado para não o estragar, estamos sempre ansiosos por alegrias ilusórias ou com preocupações e a temer um futuro que é incerto, e por mais que nos forcemos, tudo depende sempre do destino. porque razão haveria de ser disparatada a nossa preocupação em gozar ao máximo o tempo presente, pois este é seguro e único, se toda a nossa vida não passa de um excerto maior do presente e por isso é totalmente fugaz...
Maria Beatriz T
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