Amor...

Não me venham falar de razão, não me cobrem lógica, não me peçam coerência, Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias, sou movido por paixão, essa é minha religião e minha ciência.
Não meçam os meus sentimentos, nem tentem compará-los a nada, deles sei eu...
Eu e os meus fantasmas,
Eu e os meus medos,
Eu e a minha alma.
A incerteza fere-me, mas, não me mata.
As dúvidas açoitam-me, mas, não deixam cicatrizes.
Não me falem de nuvens, eu vivo nelas... Eu sou Sol e Lua...
Não contem os charcos de água... eu sou o mar, profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas, Eu sou eterno e atemporal.
Não imponham condições, Eu sou absolutamente incondicional.
Não esperem explicações, não as tenho, apenas aconteço, sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula, Sou o todo e sou uno, não me vês, mas sentes-me.
Estou tanto na tua solidão, como no meu sorriso.
Vive-se por mim...
Morre-se por mim...
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou o começo e o fim, e todo o meio.
Sou o teu objectivo, a tua razão que a razão ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições...
Todas certas... todas imperfeitas... todas lógicas e teorias apenas.
Em motivações pessoais...
Todas corretas... todas erradas.
Sou tudo! Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer... sou Fênix... renasço das cinzas, sei quando tenho que morrer, sei que sempre irei renascer.
Mudo o protagonista, nunca a história.
Mudo de cenário, mas não de argumento.
Sou música, ecoo, reverbero, sacudo.
Sou fogo, queimo, destruo, incinero.
Sou água, afogo, inundo, invado.
Sou tempo, sem medidas, sem marcações.
Sou clima, proporcional a minha fase.
Sou vento, arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão, destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolos, construo, recomeço...
Sou cada estação, no seu apogeu e glória.
Sou o problema e solução.
Sou veneno e o antídoto
Sou memória e o esquecimento.
Sou prisão, sou abandono e liberdade.
Luz, escuridão e o desejo de ambas,
Velo pelo sono...
Poderia continuar a descrever-me
Mas já dei uma ideia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes, mas aqui...
Chamam-me de AMOR .

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